F1 | Liberty Media planeja promover a categoria se inspirando na NFL

Imagine a semana inteira de uma etapa de um GP de Fórmula 1 com várias atrações musicais com direito a espetáculos de dança e eventos de marketing diversos, com um time de grandes patrocinadores, para promover mais ainda a principal categoria do automobilismo mundial e incrementar os ganhar de dinheiro. Ideia essa, similar ao que já é feito no Superbowl, o evento final da NFL, considerado o grande Rei Midas dos esportes.


É inspirado nisso que a Liberty Media, empresa prestes a se tornar maior acionista da maior categoria do automobilismo, pretende fazer a partir da próxima temporada, segundo reportagem do jornal inglês "Financial Times".


Super Bowl 50 halftime show




O estilo mais agressivo, inspirado na NFL, promete repaginar o marketing da Fórmula 1 com o objetivo de aumentar a audiência, principalmente nos Estados Unidos, e atrair mais patrocinadores à custa de maior promoção das rivalidades entre as equipes e pilotos. Essa rivalidade já existe, de forma um pouco mais velada, nas pistas, nos boxes, nas entrevistas.






- Não há marketing, não há pesquisa, não há informações ou uma plataforma digital. Este esporte tem um conteúdo global único e não fez o suficiente para tirar proveito disso. Precisamos criar mais rivalidades e permitir de forma mais clara às pessoas que entendam melhor a tecnologia que está envolvida no esporte" afirmou um dos executivos ouvidos pelo "Financial Times" que pediu o anonimato.





O fato é que, para vencer a resistência da F1 às mudanças, a Liberty Media se escora nos números das últimas temporadas: as receitas de patrocínios das equipes têm apresentado queda ao longo dos anos, assim como a audiência, principalmente na Ásia. Daí a ideia de criar eventos durante toda a semana, já que a promoção das corridas acontece de forma mais tímida - normalmente em três dias do fim de semana das provas.





A Liberty trabalha também com a ideia de vender o patrocínio-master de cada corrida. E o mercado americano, presente desde a inclusão do GP de Austin, em 2007, é também um dos focos principais. A ponto de fazer a empresa sonhar com mais um GP americano em cada temporada. Nova Iorque, Los Angeles, Las Vegas e Miami são as cidades preferidas. Para alavancar a audiência e encher mais os cofres, a Liberty espera ampliar o negócio também investindo em realidade virtual e merchandising.





Para isso, falta bater definitivamente o martelo para se tornar a dona da categoria. Em setembro deste ano, a empresa obteve do grupo CVC Partners 18,7% das ações. Foram investidos nessa fatia US$ 746 milhões - R$ 2,4 bilhões. A compra de 100% dos direitos da F1 vai custar, no total, US$ 8 bilhões - aproximadamente R$ 26,4 bilhões. Daí em diante, terá total autonomia para mudar a cara da maior categoria do automobilismo.





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